Contexto histórico
A fitoterapia enquanto prática que faz uso de plantas para fins terapêuticos desempenha um papel de grande importância para a manutenção das condições de saúde da população.
A fitoterapia tem as suas raízes na tradição – numa vasta herança de conhecimento empírico utilizado e difundido pelas populações ao longo de várias gerações. Já em 2000 a.C., no Egipto, antigos papiros mostram que um grande número de médicos utilizava as plantas como remédio. Nestes papiros, mencionam-se ainda fórmulas específicas para doenças conhecidas e, entre as espécies que aparecem na lista, estão incluídas algumas ainda hoje utilizadas por fitoterapeutas.
Apesar da utilização de plantas na preparação de “drogas” por vultos importantes da história da medicina como Galeno ou Avicena. Foi a partir do século XIX que a fitoterapia teve maior avanço devido ao progresso científico na área da química, o que permitiu analisar, identificar e separar os princípios ativos das plantas. Enquanto a utilização no passado era feita na maioria das vezes de forma empírica, podemos hoje em dia identificar os componentes activos de cada planta e com a nova compreensão da fisiologia humana, explicar porquê e como estas plantas funcionam. Esta aplicação da ciência moderna à medicina à base de plantas foi denominada Fitoterapia
.Com a evolução da Fitoterapia e através dos avanços científicos, é hoje possível isolar muitos dos componentes activos e outros constituintes destas plantas, o que permite um conhecimento fundamentado dos seus efeitos. O uso de plantas medicinais teve desde cedo um papel importante como arma para a redução de inúmeras doenças.Um estudo de 2014 que examinou a investigação e registo de novos medicamentos no EUA desde os anos 40 revela que só na área do cancro, 49% das novas moléculas pequenas aprovadas eram de origem natural ou directamente derivadas de origem natural, e que entre 1981 e 2014, 10% delas são de origem botânica.
Como funciona?
As plantas são constituídas por complexos químicos que contêm minerais, vitaminas, óleos voláteis, entre muitas outras substâncias. Para além do princípio activo da planta, a fitoterapia utiliza também a planta toda, pois os fitoterapeutas acreditam que o seu poder reside nessa sinergia.
A fitoterapia usa algas e plantas marinhas, bolbos, raízes, flores, óleos essenciais, cascas, sementes e folhas, de plantas selvagens, ervas aromáticas, especiarias, frutos e vegetais. São muitas as propriedades que se encontram nas plantas: anti-bacterianas, anti-fúngicas, anti-flatulentas, adaptogénicas, sedativas, calmantes, tonificantes, fortificantes, estimulantes, etc.
Benefícios da fitoterapia
Existe uma imensa escala de benefícios que o tratamento fitoterápico pode proporcionar para a saúde. Além disso, este tipo de tratamento não costuma apresentar efeitos colaterais graves quando comparado com os medicamentos convencionais.Indicado para combater uma infinidade de doenças, esta terapia integrativa visa a cura natural das enfermidades, sem acarretar o abuso de substâncias sintéticas que estão presentes em compostos farmacológicos consumidos cotidianamente.
Não apresenta o risco de dependência química como as demais alternativas medicamentosas.